Com a primavera floresceu um novo ambiente direcionado ao setor de ourivesaria, joalharia e relojoaria. A Alfândega do Porto partilhou o espaço e o nome com esta edição pioneira, centrada num ambiente “minimalista” e “intimista”, que procura ocupar uma lacuna no calendário de salões do setor. Na estreia do Alfândega Joias, o “bom feedback” sentido por todos resultou na participação de 16 empresas expositoras e em cerca de 200 visitantes, num certame que decorreu de 21 a 23 de abril de 2023. Tiago Teixeira da Iat Pratas, e mentor do evento, fala-nos da edição de2023 e antevê a de 2024, com “mais empresas” de “setores e segmentos distintos”.
Iat Pratas: “A escolha do Porto e da Alfândega faz todo o sentido”
Como nasceu o Alfândega Joias?
Este é um projeto que nasce da necessidade de juntar o setor. Existe um crescente número de pequenas empresas a fazer os seus próprios eventos e, no meu entender, faz mais sentido unirmo-nos todos e fazer alguma coisa juntos. O local foi pensado para dar oportunidade de reunir o maior número de empresas possível.
O setor tem espaço para mais um evento, além da Portojóia?
No nosso caso, apontamos para um segmento mais de decoração, o que nos dificulta a mostragem em loja desse tipo de produto, daí a criação deste espaço para os profissionais. O setor foca-se muito no Natal, mas temos muitos clientes que trabalham bastante no verão. Com o crescimento do turismo e da imigração, faz sentido fazermos algo antes deste período para esse nicho de clientes. A presença neste salão de algumas destas empresas reflete essa oportunidade que não estava a ser explorada.

Depois da primeira edição, qual é o balanço?
É muito positivo em função das condições que tivemos. A divulgação só foi possível próximo da sua realização e ficou a cargo de cada empresa. Apesar de 2023 estar a ser um ano algo complicado, conseguimos alcançar um bom feedback. O Alfândega Joias contou com 16 empresas expositoras e cerca de 200 visitantes.
Qual o feedback dos profissionais?
Numa primeira vertente, tivemos clientes muito satisfeitos com o espaço e com a apresentação diferenciada do setor. Ao ar industrial de outros eventos incutimos aqui um ambiente minimalista, mais intimista, numa sala lindíssima da Alfândega. Além disso, foi também destacado pelos visitantes o timing oportuno, de forma a realizarem neste salão algumas apostas para o verão.
Para a próxima edição, quais são os projetos que estão na calha?
Cada vez mais, numa ourivesaria, estão presentes pratas, ouro, relógios, marcas, embalagens e os acessórios para relojoaria e restauro. Vamos apostar em diversificar o espaço, com mais empresas de setores e segmentos distintos. A escolha do Porto e da Alfândega faz todo o sentido, estamos muito perto da capital da ourivesaria, mas também estamos algo distantes para alguns clientes. Por isso, vamos promover algumas ações no sentido de conseguirmos uma representatividade maior e proporcionar oportunidades de negócio a empresas que tenham mais dificuldade em visitar estes eventos.
Que mensagem quer deixar aos nossos leitores?
Faz todo o sentido participar neste tipo de eventos. É muito mais fácil trabalharmos em conjunto e reunirmo-nos durante um determinado número de dias, onde podemos complementar o trabalho comercial que é realizado fora do salão. Nós criamos coleções específicas para este tipo de eventos e os clientes são os primeiros a conhecer essas novas linhas, mantendo-se a par da atualidade do que o cliente final também procura. É bom para todos. Participar é importante para nos mantermos atualizados.